Mensagem pastoral de Setembro

Mensagem pastoral de Setembro

“A esperança não decepciona” (Rm 5,5)

Em nossa caminhada de peregrinos em direção à meta a Igreja nos auxilia com muitos recursos, meios e graças que nos alimentam, nos mantem dispostos e com os olhos fixos n`Aquele que é o princípio e o fim de tudo, a grande Esperança, o Senhor Jesus.

Dentre os recursos e meios que nos alimentam e mantem dispostos está a Palavra de Deus, a Sagrada Escritura, a Bíblia, Farol que ilumina a existência e as escolhas durante a peregrinação, porque a Palavra de Deus é luz verdadeira de que o ser humano tem necessidade para viver na Esperança.

Infelizmente, muitas pessoas perderam este Farol em sua vida e deixaram de peregrinar, não têm luz em seu horizonte, vagam entre as coisas efêmeras e estão colocando sua esperança sobre o consumo e as aparências, que são incapazes de realizar as aspirações mais profundas do ser humano e de sustentar na Esperança. Talvez tenham muitas expectativas, mas vivem sem esperança. 

Neste cenário desafiante, a Igreja do Brasil instituiu o mês da Bíblia, para auxiliar as pessoas a reencontrar o Farol de sua existência, a parar de dar voltas em torno do nada, e recomeçar a peregrinar em direção à Meta, construindo sua vida sobre a rocha da Palavra: Jesus, o Senhor, a única Esperança.

Esse reencontro não acontece de modo automático, mas exige abertura, escuta atenta e disposição para acolher a mensagem viva que a Escritura oferece a cada novo dia, sustentando e nutrindo a fé daqueles que buscam um horizonte mais amplo em meio às limitações cotidianas, 

 Por isso é fundamental que as comunidades e os grupos apoiem as iniciativas propostas para o mês da Bíblia, fazendo com que mais pessoas redescubram o valor inestimável da Palavra de Deus, preencham o vazio interior e reacendam o sentido de propósito na caminhada diária e possam proclamar com o salmista: ‘Tu és meu refúgio e escudo, espero em tua Palavra” (Sl 119,114). 

E a Esperança não decepciona, ensina o Apóstolo Paulo. Qual esperança? Aquela não é abalada pelas tempestades do mundo moderno, aquela que “o ser humano precisa a «grande Esperança»  para poder viver o seu próprio presente – a grande Esperança que é «aquele Deus que possui um rosto humano e que nos “amou até ao fim” (Jo 13,1) (Bento XVI).

Dom Sergio de Deus Borges

Bispo Diocesano de Foz do Iguaçu