Iniciado com as bênçãos do padre Germano Lauck, a entidade não tem recursos para terminar a obra.
“Aqui acontecem milagres. Tudo o que você pedir, você consegue”, diz dona Ana dos Santos, aposentada. Sentadinha num banco, ela aguarda com outras mulheres o início do terço da oração. Nada a demove de sua fé.
Talvez seja essa a mesma fé que move todos os dias Maira Kodama e um punhado de voluntários e voluntárias a consolidar o projeto Esperança e Vida, da Associação Rainha da Paz, que hoje entra numa outra nova e ambiciosa etapa da instituição.
O projeto, localizado no Dom Pedro I, Jardim Panorama, precisa de patrocinadores para concluir o Centro de Convivência, anexo ao terreno onde funciona o prédio da instituição, que reúne num mesmo lugar: oração, arrecadação e doação de alimentos, aulas práticas de informática, ginástica, biblioteca, bazar de roupas e, futuramente, uma quadra de esportes.
O local poderá ter múltiplas funções, incluindo retiro espiritual, eventos e muitas outras atividades, explica Álvaro Kodama, marido de Maira e uma espécie de administrador e relações Públicas da entidade.
Sem parar
Quem olha de fora não percebe, mas o projeto – aparentemente calmo – tem ritmo frenético. O expediente funciona às terças, quartas e quinta-feiras. Mas a dedicação é em tempo integral. A psicóloga Maira Kodama imprime o vai e vem do lugar.
“É tudo cronometrado para que não falte nem alimento para distribuição a famílias carentes das sacolinhas de verduras e legumes, nem para a sopa que atende a comunidade do entorno. Nos três dias da semana, são preparados 140 litros de sopa. Tudo é arrecadado em mercados, na Ceasa ou no comércio de frutas e verduras da Vila Portes, na parte da manhã. À tarde, entram os preparativos e a produção da sopa e também da sacolinha de alimentos, com verduras e legumes. Em meio aos preparativos, o terço é rezado”.
Reportagem e Fotos: Pastoral da Comunicação da Igreja São João Batista.