A Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que sofre (ACN), convidam a Igreja no Brasil à Jornada de Oração e Missão dedicada ao Madagascar, no dia 1º de outubro.
O Estado independente localizado na ilha de Madagascar, no sul da África, próximo a Moçambique, sofre a pior seca em quatro décadas. Esta catástrofe devastou comunidades agrícolas isoladas no sul do país, onde as famílias recorrem a insetos para sobreviver.
A ONU estima que 30 mil pessoas estejam atualmente sofrendo o nível cinco de insegurança alimentar – o mais alto reconhecido internacionalmente – e há o temor de que o número de afetados possa aumentar muito quando Madagascar entrar no tradicional “período de escassez” antes da colheita.
O impacto da seca atual também está sendo sentido em cidades maiores do sul de Madagascar, com muitas crianças forçadas a pedir esmolas nas ruas para conseguir comida.
A Jornada de Oração e Missão faz parte de uma série de jornadas desenvolvidas pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária CNBB e ACN que coloca o valor da oração como “agir missionário” e propõe que cada cristão católico dedique um tempo do dia para rezar pelo país. Faça parte desta corrente de oração e nas redes sociais utilize a hashtag #rezepelomadagascar.
Conheça um pouco a historia do país
A República de Madagascar (Repoblikan’i Madagasikara em malgache; République de Madagascar em francês) é um estado independente localizado na ilha de Madagascar, no sul da África, próximo a Moçambique. Madagascar possui uma área total de 587.041 km², equivalente à área do estado de Minas Gerais e uma população de cerca de 21,3 milhões de habitantes, na grande maioria seguidores de religiões tradicionais (52%), além de 41% de cristãos e 7% de muçulmanos. Sua capital é Antananarivo, e a moeda local é o ariary. As línguas oficiais do país são o malgaxe e o francês.
A população de Madagascar é de origem mista asiática e africana. Pesquisas sugerem que a ilha era desabitada até navegantes vindos da Indonésia chegaram por volta do primeiro século. Migrações posteriores, tanto do Pacífico quanto da África consolidaram esta mistura original, e 18 diferentes grupos tribais surgiram.
A história escrita de Madagascar começa no século VII com os árabes, responsáveis por instalar feitorias ao longo da costa noroeste. O contato europeu começa em 1500, quando o capitão português Diogo Dias avistou a ilha depois que seu navio se separou de uma frota com destino à Índia. Começando na década de 1790, o reino Merina conseguiu estabelecer a hegemonia sobre a maior parte da ilha. Em 1817, o governante merina e o governador britânico de Maurício concluem um tratado de abolição do comércio de escravos, e em troca, a ilha recebeu assistência militar e financeira britânica.
Os britânicos aceitaram a imposição de um protetorado francês sobre Madagáscar em 1885, em troca de eventual controle sobre Zanzibar (atualmente parte da Tanzânia) e como parte de uma definição geral de esferas de influência na área. O controle francês absoluto sobre Madagascar foi estabelecida pela força militar e a monarquia merina foi abolida.
Em 1947, com o prestígio francês em baixa, um levante nacionalista foi suprimido após vários meses de luta violenta. A partir daí, a França adotou uma política de reforma das instituições, pacificação da população e preparou a ilha em direção à independência. Um período de governo provisório terminou com a adoção de uma constituição em 1959 e independência total a 26 de junho de 1960, com Philibert Tsiranana como presidente.
De 1975 a 1993 o tenente da marinha Didier Ratsiraka assume o poder através de um golpe militar, mas, três anos depois, está de volta, governando até 2002, quando, em meio a disputas pelo poder, busca exílio na França. Seu rival, Marc Ravalomanana assume a presidência, mas em 2009 é obrigado a entregar o cargo aos militares. Atualmente, continua a indecisão sobre o futuro do país, mergulhado em uma disputa política envolvendo grupos políticos rivais e as forças militares.