Diocese de Foz do Iguaçu

Tempos de prelazia

A presença da Igreja na região de Foz do Iguaçu remonta ao século XVI (1551), com o trabalho dos Jesuítas no meio dos colonos espanhóis e especialmente nas reduções guaraníticas. A obra missionária dos Jesuítas se estendeu em toda a região a leste do rio Paraná, a Norte do rio Iguaçu e a Sul do Paranapanema.

Em 1631, os jesuítas e os índios aldeados, pressionados pelas ameaças impiedosas dos Bandeirantes, realizaram um grande êxodo, retirando-se para o Território de Missiones, então sob o domínio espanhol. A partir desta data, a região ficou praticamente abandonada e Foz se tornou um ancoradouro para os barcos que vinham do sul pelo rio Paraná. Só no fim do século XIX, os padres do Verbo Divino começaram a marcar presença, vindo de Encarnación, no Paraguai, por barcos que navegavam pelo Rio Paraná.

A abertura da Estrada Velha de Guarapuava, em 1889, facilitou os contatos com o Brasil. Depois da chegada da colônia militar, foram aparecendo os primeiros serviços públicos. Em 1914 a Vila se tornou município e, em 1918, a assistência religiosa ficou sob a responsabilidade dos Padres do Verbo Divino, de Guarapuava.

Em 1923 instalaram-se em Foz os três primeiros Verbitas, chefiados pelo Pe. Guilherme Thiletzek. A partir de Foz, eles garantiam assistência religiosa a todo o Oeste do Paraná. O eficiente trabalho dessa equipe missionária levou, em 1926, o papa Pio XI a erigir a Prelazia de Foz do Iguaçu, nomeando o Pe. Guilherme para o cargo de primeiro Prelado, com o título de Monsenhor.

Monsenhor Guilherme assistiu generosamente toda a região, que ia de Guaíra até Campo Mourão, Pitangas e Laranjeiras do Sul. Para facilitar o trabalho pastoral, ele transferiu a sede da Prelazia para Laranjeiras do Sul, porque ocupava um lugar bem mais central. Vitimado pela sua intensa atividade, contraiu a doença de hidropisia e teve que buscar assistência médica em São Paulo e depois no Rio  de Janeiro. Lá veio a falecer no dia 26 de fevereiro de 1937.

Como segundo prelado, assumiu a Prelazia Dom Manoel Konner, que teve um governo conturbado. Depois do ingresso do Brasil na II Guerra Mundial em 1943, ele foi acusado de guardar armas na casa de Foz do Iguaçu e, por esta acusação infundada, amargou vários meses de prisão no Rio de Janeiro.

No século XX, o Oeste do Paraná começou a atrair aventureiros de todos os estados do Brasil, especialmente do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O Governador Moisés Lupion empreendeu um vasto programa de colonização e, através dos serviços da colonizadora “MARIPÁ”, promoveu um vertiginoso aumento da população. Milhares de colonos ocuparam os lotes no interior da Prelazia, provocando grande transformação no quadro populacional.

As primeiras Dioceses

Em vista disto, em 1958,  a Santa Sé tomou a decisão de suprimira Prelazia de Foz do Iguaçu e criou duas novas dioceses: Toledo e Campo Mourão, as quais foram instaladas em 1960. A partir dessa data, por 18 anos, Foz do Iguaçu passou a fazer parte da diocese de Toledo, cujo primeiro bispo foi D. Armando Círio.

No tempo da Prelazia, o número das paróquias era reduzido. As principais eram Guaíra, Laranjeiras do Sul, Campo Mourão e Pitanga e, no território da diocese de Foz, São João Batista, Medianeira e São Miguel do Iguaçu. Mas, durante a pertença a Toledo, o número cresceu sensivelmente com a criação das paróquias de Santa Teresinha, São Paulo Apóstolo e São José Operário, em Foz do Iguaçu, Santo Antônio, em Santa Helena, Nossa Senhora de Caravaggio, em Matelândia, São José Operário, em Céu Azul, Sagrada Família, em Ramilândia, São José das Palmeiras, no município homônimo, Nossa Senhora da Conceição, em Missal, e Santa Catarina, em Vera Cruz do Oeste.

O vertiginoso aumento da população induziu Dom Armando Círio a pensar na criação de nova diocese. Para ele, a solução era unir Toledo a Cascavel e criar a nova diocese em Foz do Iguaçu. Mas Cascavel mostrou-se terminantemente contrária. Após longa disputa entre as pretendentes e acurado exame da situação por parte do Núncio, em 1978, o Vaticano elevou as duas cidades à condição de sede de diocese.

Diocese de Foz do Iguaçu

Instalada no dia 26 de agosto de 1982, recebendo o primeiro bispo na pessoa de Dom Olívio Aurélio Fazza, que governou a Diocese durante 24 anos, desenvolvendo um grande trabalho apostólico e enfrentando sérios problemas sociais, por causa da barragem de Itaipu e de ocupações por parte do Movimento Sem Terra. Criou quatro paróquias: Perpétuo Socorro, São Francisco de Assis e Nossa Senhora Aparecida, em Foz, e Nossa Senhora Aparecida, em Diamante do Oeste. Seu maior mérito foi a abertura do Seminário Diocesano, em 1983.

O segundo bispo foi Dom Laurindo Guizzardi, que continuou o trabalho de Dom Olívio. Criou cinco paróquias: Bom Jesus do Migrante, Nossa Senhora de Fátima, Menino Jesus e Nossa Senhora da Saúde, na cidade de Foz, e Nossa Senhora de Fátima, em Serranópolis. Para dar espaço à paróquia de Nossa Senhora de Guadalupe, suprimiu a paróquia São José Operário de Foz e, em 2005, deu início à construção da nova Catedral.

O terceiro bispo, Dom Dirceu Vegini, renovou a liturgia da Diocese e criou a paróquia de Nossa Senhora das Graças. Seu incontestável mérito foi trazer para Foz o Diaconato Permanente e ordenar o primeiro dos quatro candidatos.

Desde sua chegada como o quarto bispo, Dom Sergio de Deus Borges assumiu a liderança da Diocese com um vigor notável. Sua primeira grande iniciativa foi a condução do 14º Plano Diocesano de Ação Evangelizadora, que foi estendido na assembleia Diocesana de 2023 para guiar a Diocese até a celebração de seu Jubileu de 50 anos. Demonstrou um compromisso profundo com o bem-estar da Diocese, revitalizando a caminhada pastoral através de uma maior proximidade com o povo e o clero. Ele enfrentou de frente os desafios impostos pela pandemia da COVID-19, impulsionando a atuação da Cáritas Diocesana e dos projetos do Fundo Diocesano de Solidariedade para apoiar a comunidade. Seu pastoreio também foi marcada por importantes avanços estruturais e organizacionais, incluindo a reorganização dos estatutos e diretórios diocesanos e a reestruturação da organização pastoral em decanatos. No âmbito educacional e formativo, Dom Sergio liderou a reforma do Seminário Menor N. Sra. Medianeira e a instalação do Seminário Maior São João Batista em Cascavel. Além disso, o bispo realizou visitas pastorais e dedicou-se ao projeto da Catedral Diocesana, que foi consagrada em 3 de dezembro de 2023. Atualmente, ele está à frente da condução do Projeto Rumo ao Jubileu em Comunhão, Participação e Missão. Este projeto visa dinamizar o 14º Plano de Pastoral e preparar a Diocese para a tão esperada celebração do Jubileu de Ouro em 2028.

Nossa gratidão

Para organizar a Diocese e implantar o Reino de Deus em nossa região, batalhou ao lado dos bispos um generoso grupo de sacerdotes, de religiosas e de leigos, a quem a Diocese deve muita gratidão. Por causa da escassez de clero diocesano, nos primeiros tempos, a maioria dos sacerdotes pertenciam a congregações religiosas. Entre estas, merecem destaque os missionários do Verbo Divino, que foram os pioneiros, os Franciscanos Capuchinhos, os Jesuítas, os Missionários de São Carlos (Scalabrinianos), os padres de Dom Guanella, de Piamarta e os padres Passionistas.

A educação e a saúde tiveram como responsáveis as congregações religiosas femininas, que marcaram presença em quase todas as paróquias, na cidade de Foz e especialmente no interior. Entre elas, merecem destaque as Filhas de São Vicente de Paulo, que trabalharam em Foz do Iguaçu, as Franciscanas de Ingolstadt, em São Miguel, as Irmãs Servas do Espírito Santo, em Medianeira, as Filhas de São Camilo, em Matelândia, as Irmãs Missionárias de São Carlos (Scalabrinianas), em Foz, as Irmãs Filhas de Santa Maria da Providência, em Santa Teresinha de Itaipu, as Irmãs do  Sagrado Coração do Verbo Encarnado, na APMI, as Irmãs Beneditinas da Divina Providência, na creche Mãe Carolina, as Irmãs de Maria Santíssima Consoladora, em Porto Meira,  e as Irmãs Carmelitas do Carmelo “Cristo Rei”, no município de Céu Azul.

Outras congregações, como as Irmãs da Divina Providência, as Irmãs Passionistas, as Irmãs Estigmatinas e as Irmãs Paulinas, marcaram presença respectivamente nas paróquias Santa Helena e Missal, São José das Palmeiras, Diamante d’Oeste e Vera Cruz do Oeste. Devido a causas diversificadas, entretanto, estas congregações terminaram por se retirar.

É justo lembrar que, ao lado destas forças vivas, marcaram presença relevante também as associações “Comunidade Mar a Dentro” e a “Fraternidade Charles de Focauld”. Mas seria um lapso imperdoável esquecer os Movimentos e Associações que desenvolveram sua ação evangelizadora entre nós: o Cursilho de Cristandade, o Convívio, a Renovação Carismática, o Apostolado da Oração e a Federação Mariana, entre outras. A eles e a elas a Diocese sente o dever de agradecer de coração. Também seria imperdoável esquecer o generoso trabalho dos leigos e leigas que, unidos no CDL, foram agentes preciosos dentro da Igreja e presença atuante da Igreja na sociedade.

A todos, Ministros Ordenados, membros da Vida Consagrada e membros do Laicato Católico, a Diocese apresenta um voto de louvor e de merecido reconhecimento!

Decanato Nossa Senhora de Guadalupe

Catedral Nossa Senhora de Guadalupe
Paróquia Nossa Senhora da Luz
Paróquia Nossa Senhora das Graças
Paróquia Nossa Senhora de Fátima
Paróquia São Pedro

Paróquia São Francisco de Assis
Paróquia Nossa Senhora da Saúde
Paróquia Anunciação do Senhor
Paróquia Menino Jesus
Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus

Paróquia São João Batista
Paróquia São Paulo
Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Paróquia Bom Jesus do Migrante
Paróquia do Espírito Santo e Nossa Senhora Aparecida

Paróquia Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças
Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Paróquia São Miguel
Paróquia Nossa Senhora de Fátima
Paróquia Nossa Senhora Aparecida
Paróquia Nossa Senhora da Conceição
Paróquia Santo Antônio

Paróquia Nossa Senhora de Caravaggio
Paróquia Sagrada Família de Nazaré
Paróquia São José Operário
Paróquia Santa Catarina de Alexandria
Paróquia São José
Paróquia Nossa Senhora Aparecida