Santo Padroeiro da Diocese, São João Batista

São João Batista esteve preso na fortaleza de Maqueronte, perto do monte Nebo. Era a fortaleza de Herodes Antipas, a leste do Mar Morto.

E ali teve seu destino determinado pela perversa ordem: “Quero a cabeça de João Batista” (Mc 6,17-29). Verdadeiro profeta corre riscos. (Mas ser profeta e ser briguento é bem diferente!) No caso dele, denunciou as imoralidades no palácio das autoridades.

Foi do Monte Nebo que Moisés contemplou a Terra Prometida e ali morreu (Dt 32,49). Há, então, uma possível semelhança. Moisés de certa forma terá sido precursor, isto é, indicou e conduziu o povo rumo à Terra Prometida, mas nela não entrou. S. João Batista anunciou e conduziu o povo a Cristo, Senhor da “nova terra” (Ap 21,1).

(Obs.: Aí no NT está o nome de Herodes, o Grande, aquele que mandou matar meninos para atingir Jesus (Mt 2); e de seu filho Herodes Antipas, que mandou cortar a cabeça de João Batista (Mc 6); e de Herodes Agripa, filho e neto, e este mandou cortar a cabeça de São Tiago (Atos 12,2.)

A localidade em que João Batista esteve preso, hoje se chama Mukawir, e está a leste do Mar Morto. Portanto, ficava – e fica –  a uns 50 quilômetros de Jerusalém. Por isso, com certeza, a cabeça de João Batista não pôde ser entregue no mesmo dia, como parece sugerir o texto bíblico.

João Batista nasceu seis meses antes de Jesus. E seu nascimento sempre foi celebrado no dia 24 de junho. O Evangelho de São Lucas, no capítulo primeiro, informa que o anúncio do nascimento de João Batista ocorreu na festa de Yom Kippur (até hoje celebrada perto do dia 20 de setembro). Seis meses depois, houve a  Anunciação. Aí Maria foi visitar Isabel, e lá ficou três meses. E retornou pouco antes do nascimento do precursor. É só fazer a contas. O dia 25 de dezembro não é uma data inventada para celebrar o nascimento de Jesus, pelo contrário, corresponde às indicações bíblicas.

Existem relíquias de São João Batista em várias localidades. Mas especialmente impressionante é a que existiu em Nápoles até os anos 1800. Toda vez que se colocava a ampola, com sangue de São João Batista, sobre o altar, para celebrar a missa em honra dele, o sangue se tornava líquido. Isso foi verificado por historiadores e cientistas, e atestado pelos próprios papas.

E se alguém acha que isso é lenda, considere também o seguinte: existem vários casos de sangue coagulado de alguns santos (Pantaleão, Patrícia. Genaro…) que tem data marcada para se liquefazer. Além disso, em Andria, Itália,  existe o famoso Santo Espinho. Com certeza esteve na cabeça de Cristo, pois todas as vezes que a Sexta-Feira Santa cai no dia 25 de março, o sangue se torna líquido. No ano 2005, quando a Sexta-Feira da Paixão ocorreu no dia 25 de março, esse fato se repetiu. E igualmente no dia 25 de março de 2016, quando, além da liquefação, o ramo ficou verde e brotou nele uma flor e uma folha. Os jornais e televisões publicaram a notícia: o sangue desse espinho permaneceu líquido durante toda aquela Sexta-Feira. 

Jesus fez muitos elogios a seu parente São João Batista. E com certeza este santo está muito atento e interessado em prestar os auxílios necessários ao povo que o venera e celebra. Saberá olhar para nossa diocese.

Pe. Aldo Dal Pozzo- Catedral Diocesana Nossa Senhora de Guadalupe

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